Mulheres na Beira

A 1.ª edição da exposição Mulheres na Beira foi inaugurada no dia 1º de julho de 2023, com o objetivo de reconhecer e estimular a visibilidade da produção artística feminina na região da Covilhã. Com curadoria de Luísa Leão, a inauguração contou com uma exposição coletiva com 7 artistas visuais, uma exibição de filme e performances de música, poesia e leitura.

Compreendendo a crescente diversidade de mídias, técnicas e perspectivas presentes na arte contemporânea e o potencial criativo da nova geração de mulheres artistas, é importante criar espaços de diálogo e pontes. O objetivo do projeto Mulheres na Beira é reunir artistas de diferentes áreas para trocar experiências e dialogar com o contexto não-acadêmico. Como uma cooperativa de intervenção social que atua há 16 anos, a CooLabora forneceu o suporte prático e emocional para o evento.

A exposição foi composta por obras das artistas têxteis Virgínia Garbin e Giulia Paz, das artistas visuais Rafaela Sales e Lisi Moresco, da cineasta Renata Ferraz, da ilustração digital de Sara Cardoso e de uma instalação fotográfica de Anna Petracca. A abertura contou com a presença da autora Carolina Rodrigues, da violoncelista Isabel e das performances de Amanita e Ana Leonor Morais, que compartilharam sua arte e experiências. A exposição ficou disponível no CooLabora durante todo o mês.

Mulheres na Beira

(da revolução)

O projeto curatorial Mulheres na Beira teve sua segunda edição no dia 8 de março de 2024, também na CooLabora. No contexto dos 50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal, o evento teve como objetivo reconhecer e estimular a visibilidade da produção artística feminina, desta vez pautada na temática da democracia e da liberdade. Tendo a pluralidade como principal pilar, a exposição articula questões do feminismo — na história e na contemporaneidade — utilizando os mais diversos suportes, materiais e técnicas artísticas.

A 2.ª edição foi composta pelas artistas visuais Marta Vilarinho, Raquel Fradique, Luana Lobato, Sheila Ramirez, Migdala, Rafaela Sales, Giulia Paz e Beatriz Guerreiro, pela fotógrafa Mariquinha Cafuquena e pelo grupo de senhoras do Centro de Ativ’idades da Covilhã. A inauguração da exposição contou com performances da adufeira Leonor Narciso, da escritora Kara Pietra, da dançarina Lisi Moresco e da música Maria Cordeiro.

Com o 25 de abril de 1974, muitos direitos foram adquiridos. Durante esses 50 anos de liberdade, existir como mulher representa uma luta diária e dicotômica entre velhos preconceitos e novos desafios. Mais do que nunca, a troca entre gerações pode ser uma ferramenta necessária contra o conservadorismo, que levou à perda de direitos humanos e sociais ao redor do mundo.