Através de fibras, tecidos e gestos, o meu trabalho explora temas como tempo, ancestralidade, corpo, feminismo, território e sustentabilidade. Ao viver durante muitos anos na “Cidade da Lã” de Portugal, desenvolvi uma forte ligação ao seu patrimônio, enquanto uma pausa criativa me permitiu mergulhar nas comunidades locais e aprender práticas têxteis ancestrais. Desde então, a lã tornou-se central na minha pesquisa, incorporando tanto a memória quanto a resistência. Minhas peças tecem um diálogo espiritual com meus ancestrais e fragmentos de mim mesma, trazendo tecidos tradicionais, fibras de diversas origens, materiais reutilizados e texturas coletadas da vida cotidiana para composições abstratas e táteis. Elas contam histórias por meio da matéria, do silêncio e da memória compartilhada.